Terça-feira, 2 de Junho de 2009 Publicado no TLN
Violência doméstica: LASAMA BATEU EM JAQUELINE SIAPNO
TATOLI – 01 Junho 2009 – Tradução de ZIZI TIMOR OAN
A Nação de Timor-Leste já se está a habituar à violência doméstica, a maior incidência é o marido a bater na mulher. Todos os timorenses estão contra e querem mudar esta cultura. Os líderes estão em posição ideal para fazerem esta mudança e através dos seus actos darem o exemplo ao povo. Mas, às vezes, são os líderes que dão o mau exemplo, e o esforço para mudar esta cultura de violência doméstica torna-se ainda mais difícil.
Na semana passada, Fernando de Araujo “ Lasama”, presidente do Partido Democrático e presidente do Parlamento Nacional, agrediu a sua mulher, a primeira-dama de facto de Timor-Leste, a Sra. Jaqueline Siapno.
Qual é o exemplo que o Sr. “ Lasama” quer mostrar ao povo de Timor-Leste?
Este incidente ocorreu na noite de 29 de Maio. Não se conhecem os detalhes exactos porque a residência do presidente Lasama, no Farol, é um local exclusivo e nem todas as pessoas têm acesso a este sítio, com a excepção dos vendedores ambulantes e os PK5. Mas de acordo com algumas testemunhas que estavam perto da residência do presidente Lasama, cerca das 11 horas da noite, foram ouvidos gritos e vozes exaltadas entre eles, dentro da casa. Ouviram-se também barulhos de loiça a ser partida. As testemunhas correram para o local para verem bem, porque recearam que pudessem estar a assaltar a casa do presidente.
Quando chegaram perto do portão, os guardas mandaram-nos para trás. As pessoas afastaram-se da porta mas não foram para longe. Os gritos vindos da casa do presidente Lasama eram mais fortes, uma mulher gritava a pedir ajuda, um homem insultava em voz alta.
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Em dado momento a mulher chorava, aos gritos, como se alguém lhe estivesse a bater. Simultaneamente ouviam-se coisas a fazerem barulho dentro da casa, pratos a partir e o que pareceu serem murros nas paredes e em mobiliário. Pouco tempo depois, uma mulher correu para fora da casa, com as mãos a taparem-lhe a cara e a chorar. As testemunhas identificaram a mulher como sendo a Sra. Jaqueline Siapno, a mulher do presidente do Parlamento Nacional, Lasama. Num carro branco, com a matrícula “G”, entrou então a Sra. Jaqueline. Logo de seguida a viatura desapareceu na esquina.
Outras pessoas que estavam perto do antigo gabinete da TSDA viram que o carro não foi para longe, mas que a viatura regressou e veio novamente para a estrada das traseiras da casa do presidente Lasama. Eles seguiram para ver. O carro foi em direcção da Embaixada da Irlanda e seguiu até à frente da casa do Sr. Zacarias Albano da Costa, Ministro dos Negócios Estrangeiros e entrou ai. Os presentes concluíram que este carro foi buscar a Sra. Jaqueline Siapno e a levou para casa do Sr. Zacarias.
No dia seguinte uma fonte próxima do Sr. Lasama e do Sr. Zacarias confirmou que naquela noite o Sr. Lasama bateu na sua mulher e fê-la rastejar. O Sr. Lasama estava embriagado “como sempre”, disseram. Durante a violência a Sra. Jaqueline conseguiu apanhar o telefone e ligar para a Sra. Milena Pires a pedir ajuda, e foi a própria Sra. Milena, quem foi buscar a Sra. Jaqueline. A cara da Sra. Jaqueline estava negra e inchada, parecendo que as mãos estavam fracturadas. Um médico português prestou-lhe assistência.
Os rumores em relação ao temperamento e à prática de violência doméstica do Sr. Lasama não é nada de novo. De facto, entre os membros do governo da AMP, quase todos vivem em casas repletas de violência. De acordo com um rumor que circulou em Dili, a Sra. Lobato também é vítima de violência física por parte do seu marido.
Não faltam também rumores em relação à violência doméstica em casa de Xanana Gusmão, acrescentando ainda casos de infidelidade e adultério.
A relação entre o Sr. Zacarias Albano e a sua própria mulher, Sra. Milena Pires, também está “bastante tremida” se é que não está já destruída. O Sr. Zacarias é conhecido em Dili como um “ playboy” e a Sra. Milena Pires não aceita essas coisas.
Porque é que a violência doméstica domina a cultura timorense? Porque é que os líderes da nação são os primeiros a dar este mau exemplo?
Relativamente aos líderes nacionais, um sociólogo que trabalha para uma ONG, explicou que a violência doméstica acontece em casa destas pessoas porque de repente encontraram uma grande mudança em relação ao poder que detêm. Há poucos anos estas pessoas não eram “ alguém” como agora, eram apenas activistas, alguns em Lisboa, Sydney, Java ou até em Dili. Mas, depois da independência, de repente, passaram a ser detentores de muitos poderes e consideram que podem fazer o que quiserem. As suas casas são os primeiros territórios que tentam subjugar. Quem não fizer o que eles quiserem na sua casa respondem com violência.
Este facto piora ainda mais devido à cultura machista em Timor-Leste, as mulheres têm de aceitar tudo o que os maridos lhes fazem .
A Sra. Jaqueline não é timorense mas sim filipina. Cresceu numa cultura diferente da timorense. Ela também é uma pessoa com estudos, tirou o doutoramento nos Estados Unidos. Há já algum tempo que o Sr. Lasama lhe bate muitas vezes mas ela consegue perdoar-lhe e volta sempre para casa.
Se calhar ela também tem interesse em continuar esta relação com o Sr. Lasama, e assim encontrar prestígio, como mulher de uma pessoa poderosa em Timor-Leste e também como primeira-dama.
Com estas atitudes também a Sra. Jaqueline não ajuda os timorenses a combaterem a cultura da violência doméstica. A violência doméstica é um crime, por isso mesmo não é admissível na era moderna e democrática de Timor-Leste. Todos nós devemos reprovar e combater a violência doméstica.
Em dado momento a mulher chorava, aos gritos, como se alguém lhe estivesse a bater. Simultaneamente ouviam-se coisas a fazerem barulho dentro da casa, pratos a partir e o que pareceu serem murros nas paredes e em mobiliário. Pouco tempo depois, uma mulher correu para fora da casa, com as mãos a taparem-lhe a cara e a chorar. As testemunhas identificaram a mulher como sendo a Sra. Jaqueline Siapno, a mulher do presidente do Parlamento Nacional, Lasama. Num carro branco, com a matrícula “G”, entrou então a Sra. Jaqueline. Logo de seguida a viatura desapareceu na esquina.
Outras pessoas que estavam perto do antigo gabinete da TSDA viram que o carro não foi para longe, mas que a viatura regressou e veio novamente para a estrada das traseiras da casa do presidente Lasama. Eles seguiram para ver. O carro foi em direcção da Embaixada da Irlanda e seguiu até à frente da casa do Sr. Zacarias Albano da Costa, Ministro dos Negócios Estrangeiros e entrou ai. Os presentes concluíram que este carro foi buscar a Sra. Jaqueline Siapno e a levou para casa do Sr. Zacarias.
No dia seguinte uma fonte próxima do Sr. Lasama e do Sr. Zacarias confirmou que naquela noite o Sr. Lasama bateu na sua mulher e fê-la rastejar. O Sr. Lasama estava embriagado “como sempre”, disseram. Durante a violência a Sra. Jaqueline conseguiu apanhar o telefone e ligar para a Sra. Milena Pires a pedir ajuda, e foi a própria Sra. Milena, quem foi buscar a Sra. Jaqueline. A cara da Sra. Jaqueline estava negra e inchada, parecendo que as mãos estavam fracturadas. Um médico português prestou-lhe assistência.
Os rumores em relação ao temperamento e à prática de violência doméstica do Sr. Lasama não é nada de novo. De facto, entre os membros do governo da AMP, quase todos vivem em casas repletas de violência. De acordo com um rumor que circulou em Dili, a Sra. Lobato também é vítima de violência física por parte do seu marido.
Não faltam também rumores em relação à violência doméstica em casa de Xanana Gusmão, acrescentando ainda casos de infidelidade e adultério.
A relação entre o Sr. Zacarias Albano e a sua própria mulher, Sra. Milena Pires, também está “bastante tremida” se é que não está já destruída. O Sr. Zacarias é conhecido em Dili como um “ playboy” e a Sra. Milena Pires não aceita essas coisas.
Porque é que a violência doméstica domina a cultura timorense? Porque é que os líderes da nação são os primeiros a dar este mau exemplo?
Relativamente aos líderes nacionais, um sociólogo que trabalha para uma ONG, explicou que a violência doméstica acontece em casa destas pessoas porque de repente encontraram uma grande mudança em relação ao poder que detêm. Há poucos anos estas pessoas não eram “ alguém” como agora, eram apenas activistas, alguns em Lisboa, Sydney, Java ou até em Dili. Mas, depois da independência, de repente, passaram a ser detentores de muitos poderes e consideram que podem fazer o que quiserem. As suas casas são os primeiros territórios que tentam subjugar. Quem não fizer o que eles quiserem na sua casa respondem com violência.
Este facto piora ainda mais devido à cultura machista em Timor-Leste, as mulheres têm de aceitar tudo o que os maridos lhes fazem .
A Sra. Jaqueline não é timorense mas sim filipina. Cresceu numa cultura diferente da timorense. Ela também é uma pessoa com estudos, tirou o doutoramento nos Estados Unidos. Há já algum tempo que o Sr. Lasama lhe bate muitas vezes mas ela consegue perdoar-lhe e volta sempre para casa.
Se calhar ela também tem interesse em continuar esta relação com o Sr. Lasama, e assim encontrar prestígio, como mulher de uma pessoa poderosa em Timor-Leste e também como primeira-dama.
Com estas atitudes também a Sra. Jaqueline não ajuda os timorenses a combaterem a cultura da violência doméstica. A violência doméstica é um crime, por isso mesmo não é admissível na era moderna e democrática de Timor-Leste. Todos nós devemos reprovar e combater a violência doméstica.
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